Nada de novo surge deste relatório. As receitas e os objectivos são os mesmos que desde há muito enfocam a chamada política externa da UE: controlar os recursos naturais da região, nomeadamente do petróleo e do gás natural, dos quais a UE é dependente, assegurando o seu abastecimento sem percalços, além de procurar garantir o acesso aos seus mercados e à exploração dos trabalhadores.
Os mecanismos para o conseguir também são os mesmos: a ingerência e as recorrentes tentativas de limitar a soberania nacional destes países através de campanhas internacionais dirigidas pelas grandes agências de notícias e por ONG financiadas por fundos da UE; o impulso ao militarismo e à corrida aos armamentos, como no caso do rearmamento, em curso, da Geórgia. E procurando nesses países quem, a troco de benefícios próprios ou dos interesses a quem serve, defenda os da UE, dos EUA e dos seus grupos económicos, aceitando o alargamento para leste da NATO e permitindo a instalação de bases militares dos EUA na região, as quais têm sido utilizadas como plataforma de abastecimento das tropas da NATO no Afeganistão.
Claro que este caminho não se faz sem sobressaltos: o imperialismo, seja ele dos EUA ou da UE, enfrenta a tenaz resistência dos povos, que cá como nesses países, se vão organizando para impedir a marcha para trás no rumo da História.