Portugal tem uma relação histórica com a recolha e utilização de algas nas regiões costeiras.
Desde a apanha do moliço à apanha do sargaço, para utilização agrícola como adubo, que moldou comunidades costeiras na região centro e norte de Portugal.
A utilização deste recurso foi sendo substituída pelo recurso a fertilizantes químicos, mas em detrimento do ambiente e das comunidades que desta actividade dependiam.
O interesse pelas algas reaparece, para a industria alimentar, medicinal ou para a produção de fitocolóides. Um redescobrimento que pode ter um interessante valor económico, e que deve ser acompanhado da correspondente valorização laboral e social, em favor das comunidades onde se insira e do das estratégias de desenvolvimento nacionais.
Importa que os apoios que para aqui se mobilizem, as estratégias de implementação que se venham a implementar, não sejam em detrimento dos apoios à pesca, em particular à pesca de pequena escala, ou da usurpação ou competição com áreas específicas de pescaria.