Na intervenção de encerramento do debate na generalidade do orçamento do estado para 2010, Bernardino Soares referiu a vontade do PS e do seu Governo em manter a mesma política, “ignorando a mensagem de exigência de mudança da política que os portugueses a todos nos transmitiram”. Bernardino soares, referindo-se às afirmações do Primeiro-ministro que explicavam a impossibilidade de acordo à esquerda pela obrigatoriedade em mudar de política que tal acordo implicaria, afirmou que a lógica das votações de hoje no plenário da Assembleia da República traduz o reconhecimento da direita e dos seus partidos na proposta hoje aprovada.
Sobre a ameaça que hoje foi conhecida, e não desmentida, de congelamento dos salários da Administração Pública até 2013, Bernardino Soares afirmou que ” se o Governo não desmentir essa notícia é porque ela é verdadeira. É a política de fazer pagar ou a crise, ou a correcção do défice, sempre aos mesmos: os trabalhadores, os reformados e a população em geral”.
Bernardino Soares terminou a sua intervenção dizendo que o aumento do descrédito do Governo e da sua política torna absolutamente necessária outra política “em que os interesses dos grandes grupos económicos e a actuação do Governo não sejam uma e a mesma coisa. De uma política de defesa dos trabalhadores e dos reformados, da economia nacional e da soberania, de uma administração pública qualificada e ao serviço de todos”.