A maioria do PE procura consolidar um caminho e uma política que passa por cima dos órgãos de soberania nacional e da soberania dos povos, apresentando a UE com uma legitimidade que apenas os Estados e os seus povos têm, por muito que tal lhes custe.
Pretendem legitimar a UE nas organizações multilaterais (NATO, FMI, OCSE, Banco Mundial) procurando substituir os Estados pelas organizações de integração regional, como na Assembleia-Geral da ONU, onde cada país e o seu povo ainda têm o mesmo peso, independentemente da sua dimensão.
Propõem o reforço dos meios, nomeadamente através do Serviço de Acção Externa, para aplicar uma agenda política e diplomática cujo primeiro objectivo é reforçar o seu peso e influência nessas organizações com vista à sua instrumentalização. Os objectivos são claros: estabelecer uma nova ordem internacional menos democrática, para garantir melhores condições para a competição permanente entre grupos económicos e financeiros, na luta por mercados e pelo domínio de recursos naturais no mundo, para a qual necessita de uma maior militarização da UE e uma cooperação integrada e permanente com a NATO, sobre a liderança dos EUA e das grandes potências da UE. Daí o nosso voto contra.