Nos primeiros meses de 2022 dispararam brutalmente os lucros das empresas do sector energético.
Por detrás destes lucros estão os aproveitamentos da actual situação, a especulação dos mercados, as consequências das sanções e a guerra. Mas estão também as privatizações e liberalização do setor da energia e a desregulação dos preços praticados, há anos promovidas pela UE.
Pagam os milhões de famílias que não conseguem pagar a fatura da energia ou as inúmeras micro, pequenas e médias empresas que não conseguem fazer face aos aumentos dos custos de produção e que se veem forçadas a encerrar portas.
A opulência de uns é a miséria de outros.
Aos Estados deve caber, sem rodeios, tomar medidas concretas na tributação dos lucros obtidos inesperadamente. Mas é preciso ir mais longe, regulando o sector, controlando e fixando preços, rejeitando medidas como a redução de impostos sem fixar preços, colocando as receitas fiscais a subsidiarem os lucros das petrolíferas, com efeitos perversos como vemos em Portugal.