Num momento em que é relançada a corrida aos armamentos, com o aumento das despesas militares e o investimento em novas armas pelos EUA, a NATO e a UE - com o discurso hipócrita da sua redução -, esta resolução sublinha a importância deste e de outros tratados para a redução das armas.
A resolução apresenta preocupações relativas ao carácter vago das definições e a necessidade dos Estados-Membros aplicarem legislações mais precisas e restritas ao combate ao tráfico de armas e a sua utilização pelo crime organizado ou outras actividades criminosas. Preocupações que se revelam no entanto estéreis quando a maioria do PE não defende um combate sério e efectivo ao branqueamento de capitais, aos paraísos fiscais e aos offshore, por onde circulam os lucros do tráfico de armas e de outros tráficos.
Não podemos deixar de sublinhar que a regulação da importação, exportação e transferência de armas terá tanto maior pertinência se acompanhada de um processo de desarmamento multilateral e recíproco, nomeadamente do desmantelamento dos imensos arsenais nucleares existentes, começando pelas maiores potências nucleares do Mundo – como os EUA - e a completa destruição das armas químicas e biológicas. Votámos a favor.