A impossibilidade de escrutínio dos contratos celebrados em que este debate se centra são apenas uma parte do problema.
Foram os avultados recursos públicos quem pagou a investigação, a produção, a compra antecipada de vacinas.
As multinacionais tomaram os direitos de propriedade e bloqueiam o avanço mais rápido da vacinação em nome do lucro.
Contam com a inflexível oposição da UE ao levantamento de patentes para defender os seus interesses.
Querem normalizar o processo de aquisição numa dita “contratação pública” que amarra Estados de forma inaceitável às opções políticas da UE, impedindo-os de diversificar, para lá desse procedimento, a aquisição das soluções que melhor sirvam as suas necessidades. Aí está o vislumbre do mercado da saúde que querem promover.
A situação actual exige a diversificação da aquisição de vacinas, criar capacidade de produção de vacinas em cada país e suspender as patentes como forma de assegurar a mais rápida e ampla vacinação.
As vacinas são um bem público que devem estar ao serviço da Humanidade!