Pergunta ao Governo N.º 1305/XII/1

Transferência de operação das companhias low-cost

Transferência de operação das companhias low-cost

O Aeroporto de Beja, gerido pela ANA – Aeroportos de Portugal,esteve durante o último verão a
operar com voos de e para Londres. A falta de certificação da pista, que sem razão
aparentemente tarda em surgir, não tem impedido o aeroporto de operar.
Também parecem estar em desenvolvimento a vertentes de manutenção através de iniciativas
muito concretas que se estão a desenvolver.
Em Maio último, o Presidente da TAP, admitia em entrevista a possibilidade de transferir
operações para o aeroporto de Beja como solução para a saturação do aeroporto da Portela.
Mais tarde, já neste mês de Novembro, soube-se que estaria em negociação a possibilidade de
a TAP transferir a manutenção de aeronaves para Beja.
Sobre estas questões o denominado Plano Estratégico dos Transportes nada nos diz por ignorar
o aeroporto de Beja.
Estranhamente, em ocasião posterior, surgiram notícias a indicar que o governo estava a
estudar a possibilidade de adaptar uma base aérea (Sintra, Montijo ou Alverca) para transferir as
companhias low-cost para essa nova infra-estrutura a criar.
A definição desta opção provoca-nos alguma estranheza uma vez que numa altura em que se
diz não haver dinheiro para investimentos públicos, existe um aeroporto já construído que com
melhorias na ligação ferroviária (que serviria paralelamente o aeroporto e as populações do
distrito) ficaria a uma distância da capital do país semelhante ao que acontece noutros países da
Europa, e não é considerado como alternativa.
Ontem, no decorrer de um programa televisivo, o Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas,
Transportes e Comunicações, acrescentava à lista das três bases aéreas originais também o
aeroporto de Beja.
Posto isto, e com base nos termos regimentais aplicáveis, vimos por este meio e com carácter
de urgência, perguntar ao Governo, através do Ministério da Economia e do Emprego, o
seguinte:
1.Confirma o ministério que o aeroporto de Beja está a ser equacionado como alternativa para
receber as companhias low-cost?
2. Já estão definidos os critérios que presidirão à escolha dessa alternativa?

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