No Parlamento Europeu, são 24 as línguas em que se trabalha e, sem tradutores e intérpretes, as instituições da União Europeia (UE)não funcionam.
Desde há muito que se tenta validar a ideia de que algumas traduções são dispensáveis utilizando como argumento a questão financeira, e apelando à necessidade de definir prioridades e restrições, como por exemplo, a extensão dos documentos ou a sua tradução para apenas 2 ou 3 línguas. Desta forma, fica em causa o respeito pelas línguas oficiais de cada Estado-membro da UE, que está consignado nos seus tratados.
Também sob o pretexto de argumentos orçamentais falaciosos, diminuiu-se o número de tradutores, precarizaram-se e degradaram-se as suas condições de trabalho nas instituições da UE, promovendo desta forma, a externalização destes serviços.
Pergunto à Comissão Europeia:
Tem conhecimento das actuais condições de trabalho dos tradutores e assistentes nas instituições europeias, tendo em conta o volume de trabalho por tradutor e o número de tradutores?
Que medidas podem ser implementadas para melhorar as condições de trabalho destes trabalhadores que se refletem na qualidade das traduções?
Está prevista nova contratação destes profissionais que asseguram o bom funcionamento das instituições?