Cada vez mais, o trabalho e os salários minúsculos não garantem direitos fundamentais como o direito à habitação!
O aumento do custo de vida é de tal forma gravoso que vemos hoje famílias que, trabalhando, são obrigadas a partilhar casa ou a voltar para casa dos pais ou mesmo enfrentar a vida em situação de sem-abrigo.
Não podemos aceitar um modelo social em que a inflação, acompanhada pela especulação financeira imobiliária, favorecida por regimes fiscais benevolentes, leva trabalhadores a terem de escolher entre a sua alimentação e ter uma casa para viver e dormir.
Esta visão de que as casas constituem um lucrativo setor de investimento em vez de cumprirem a sua função habitacional enquanto garante de bem-estar social / é um espelho cada vez mais reluzente das desigualdades sociais que nos assolam.
Urge o aumento dos parques habitacionais públicos e que o Estado cumpra o seu papel, garantindo o direito à habitação constitucionalmente consagrado, regulando o mercado e protegendo as pessoas dos efeitos da política de subida das taxas de juro do BCE.