Em Maio de 2018, a conserveira Cofaco encerrou a fábrica que tinha na Ilha do Pico, na região ultraperiférica dos Açores, despedindo 162 trabalhadores, com o compromisso de abrir uma nova fábrica até Janeiro de 2020, com capacidade inicial para 100 trabalhadores e a possibilidade de aumentar o efectivo até 250.
Neste momento, os trabalhadores despedidos não têm o trabalho que foi previsto aquando do encerramento da empresa e, brevemente, irão perder os seus rendimentos, face à caducidade do subsídio de desemprego. Esta situação, agravada pelo impacto da COVID-19, arrisca criar uma grave situação social, num território estruturalmente vulnerável.
Pergunto:
- A Cofaco recebeu, neste período, algum financiamento europeu, ou fez alguma candidatura a tal?
- Que respostas pode a Comissão Europeia proporcionar, de apoio ao Governo da República Portuguesa e ao Governo Regional dos Açores, no sentido de continuar a apoiar os rendimentos destes trabalhadores, facilitar os seus processos de transição e apoiar o seu regresso ao trabalho?