O PCP condena veementemente a campanha de violência do Governo israelita, acompanhada por colonos israelitas armados, contra a população palestiniana em Jerusalém, com o processo de expulsão de palestinianos das suas casas em Sheikh Jarrah e o impedimento do acesso dos palestinianos à mesquita de Al-Aqsa.
A escalada de agressão do Governo israelita e das forças sionistas visa a anexação de Jerusalém Oriental e, em última instância, de todo o território histórico da Palestina, negando de facto ao povo palestiniano o seu legítimo direito a um Estado – um objectivo já expresso por Netanyahu e patente na incessante construção de colonatos e do Muro do Apartheid em território palestiniano ocupado, ilegais perante o direito internacional.
A violência sionista na Palestina e em todo o Médio Oriente é inseparável da conivência e do apoio dos Estados Unidos da América, que atingiu novos patamares durante a Presidência Trump, que não só não foram revertidos, como foram confirmados pela Presidência Biden. Uma violência que é também inseparável da conivência da União Europeia, que impõe sanções ou bloqueios a países que resistem às agressões do imperialismo, mas que – colocando no mesmo plano ocupante e ocupado –, assiste indiferente à sistemática agressão e violação do Direito Internacional por parte de Israel.
O Governo israelita está empenhado em sabotar a solução do conflito e inviabilizar a criação do Estado palestiniano com base nas resoluções da ONU aprovadas há muitas décadas. O PCP adverte que quem for cúmplice da destruição dessa solução política será responsável pelas dramáticas consequências que daí advirão. Exige-se do Governo Português uma posição clara e contundente, nomeadamente quando exerce a presidência do Conselho da UE, em defesa dos direitos nacionais do povo palestiniano e do cumprimento das resoluções das Nações Unidas que os consagram.
Quando se assinala a 15 de Maio o 73º aniversário da Catástrofe (Naqba) – que acompanhou a proclamação do Estado de Israel em 1948 e a expulsão de centenas de milhares de palestinianos das suas casas e da sua terra –, o PCP reafirma a sua solidariedade de princípio com o povo palestiniano e com a sua justa luta contra a ocupação e pelos seus direitos nacionais, internacionalmente reconhecidos mas não concretizados.
Apelando à solidariedade para com o povo palestiniano, o PCP exige a libertação dos milhares de presos políticos palestinianos nas prisões israelitas, o fim do bloqueio à população palestiniana na Faixa de Gaza, a concretização do direito do povo palestiniano a um Estado independente, com as fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Oriental, e do direito ao retorno dos refugiados palestinianos.
A Palestina vencerá!