Este relatório não nos traz novidades. Apenas confirma o cariz militarista e bélico da UE. As justificações, as de sempre. A insegurança em solo europeu ou a pretensa luta contra o terrorismo, sem qualquer referência ao absoluto falhanço das políticas de integração, ou ao que foram e são as responsabilidades da UE nas agressões a países no norte de África e médio oriente, bem como na promoção, financiamento, treino e armamento de grupos extremistas. Tão pouco faltam as supostas ameaças de Leste para justificar o cerco à Federação Russa.
A subserviência à NATO e seus objectivos, como o aumento para 2% do PIB dos orçamentos militares dos estados membros, e o reforço do financiamento para investigação militar e para a indústria militar em solo europeu, não esconde as pretensões de ter na UE um grande bloco militar, com capacidades operacionais próprias, nomeadamente por via de um exército europeu.
Quem faz a guerra e alimenta a sua indústria não quer nem pode defender a paz.