Pergunta Escrita à Comissão Europeia de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu

Sobre a situação dos trabalhadores da Easyjet em Portugal

Os cerca de 500 tripulantes da base portuguesa da companhia de aviação EasyJet estiveram em greve, lutando pela valorização salarial (a diferença salarial pode chegar a 130% entre os diferentes países onde esta multinacional opera), por maiores tempos de descanso e proteção de escalas,
sendo que, em comparação com trabalhadores de outros países da UE, os portugueses são os que podem voar mais, descansar menos e são os que ganham menos.

Recorde-se que a Comissão Europeia impôs a atribuição à EasyJet de 18 slots diários no aeroporto de Lisboa, retirados à TAP, contribuindo assim, objetivamente, para alargar o negócio e os lucros desta companhia e para prejudicar a TAP, caucionando as péssimas práticas laborais da Easyjet, em lugar de as impedir, e favorecendo o seu potencial de disseminação pelo sector.

Pergunto:
- Aquando da decisão de retirar à TAP os slots no aeroporto de Lisboa para os entregar à Easyjet, considerou as práticas de precarização, desregulamentação e de dumping laboral promovidas pela EasyJet, especificamente no país onde iria reforçar a sua operação – práticas essas que representam, por si, uma distorção da concorrência?

- Conhece a situação em que se encontram estes trabalhadores? Que medidas tomou ou pensa tomar para impedir os níveis de exploração a que estão sujeitos?

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