Os acontecimentos no Sara Ocidental nas últimas semanas não foram um episódio isolado. São parte de uma longa história de três décadas e meia de repressão, de violência e de opressão de um povo.
Uma história feita de constantes tentativas, por parte de Marrocos, de bloqueio nas negociações sobre a concretização do inalienável direito do povo sarauí à autodeterminação.
Esta é a ocasião para, mais uma vez:
- Condenar a brutal repressão exercida pelas autoridades marroquinas nos territórios ocupados contra todos os que resistem à colonização e lutam pelo legítimo direito à autodeterminação do seu povo;
- Denunciar o autêntico drama humanitário que é imposto ao povo sarauí, obrigado a viver fora da sua pátria em campos de refugiados, e reclamar o reforço urgente da ajuda humanitária internacional;
- Exigir o cumprimento do direito internacional e das resoluções da ONU, e a indispensável realização do referendo.
A UE e os seus Estados-Membros têm em tudo isto uma pesada responsabilidade que não podem ignorar, sob pena de se tornarem cúmplices, tratando-se Marrocos de um país que beneficia de um estatuto especial, fruto dos vários acordos que tem com a UE.