Neste dia ligado à luta das mulheres pelo reconhecimento e exercício de direitos, destaca-se o agravamento do desemprego e da precariedade laboral, associados aos baixos salários, às discriminações salariais e em função da maternidade, que atingem as trabalhadoras, assumindo expressões particularmente chocantes e inaceitáveis nas novas gerações, como acontece em Portugal.
As consequências são o aumento da pobreza de mulheres. São particularmente críticas as situações de mulheres deficientes, imigrantes, reformadas com baixas reformas e trabalhadoras com baixos salários, além das mulheres do mundo rural e das que vivem sozinhas com os seus filhos
Das mais de 85 milhões de pessoas a viver em situação de pobreza na União europeia, a maioria são mulheres. A taxa de pobreza das mulheres ultrapassa os 18 %.Por isso, uma questão essencial é impedir que, com o pretexto da «crise», se tomem medidas que põem em causa o direito das mulheres à igualdade e à necessária coesão económica e social.
É tempo de dar prioridade às mulheres, aos seus direitos, à igualdade, à coesão económica e social para termos uma sociedade melhor, para respeitar efectivamente os direitos humanos e consolidar os ganhos civilizacionais que as mulheres ajudaram a construir.