Quando em 2010, o Governo PS/Sócrates iniciou o processo dos famigerados planos de estabilidade e crescimento (PEC) que consubstanciava um conjunto de cortes e começou pelo corte nos salários dos eleitos, o PCP opôs-se, pelo caminho que abriria de cortes nos salários e nas pensões dos trabalhadores e dos reformados, como se veio a verificar e a agravar ainda mais no período do pacto de agressão da troika.
Com a luta dos trabalhadores e a intervenção do PCP foi possível reverter muitos desses cortes e repor direitos e salários. No entanto, há ataques a direitos do período da troika que não foram corrigidos, como a redução do valor do trabalho suplementar. Assim, não se opondo à eliminação do corte de 5% do salário dos eleitos - o corte de salários que subsiste - PCP não votou a favor das propostas apresentadas face à manutenção de redução de direitos ainda existente. O PCP votou abstenção e insiste na exigência da reposição dos direitos, nomeadamente o do valor do trabalho suplementar.