A decisão dos EUA de reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel constitui uma violação do direito internacional, uma agressão ao martirizado povo palestiniano e uma provocação aos povos árabes, com perigosas e imprevisíveis consequências.
Uma decisão que não pode ser desligada da escalada de tensão em curso no Médio Oriente: das medidas e ameaças dirigidas contra o Irão e o Líbano; das agressões militares de Israel em território sírio; dos anúncios da constituição duma “NATO do Médio Oriente”; dos conflitos fomentados pela Arábia Saudita – um quadro de degradação generalizada da situação que é fomentado pelos sectores mais aventureiros e belicistas do imperialismo.
Na hora da condenação desta inaceitável provocação, reafirmamos a nossa solidariedade com o povo palestiniano e com a sua legítima e heroica luta pelo direito à constituição dum Estado soberano e viável, nas fronteiras anteriores a 1967 e com capital em Jerusalém Leste, e pelo respeito do direito de regresso dos refugiados palestinianos vítimas da política israelita de expansão e ocupação da Palestina.