Intervenção de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu

Sobre o Programa de Trabalhos da Comissão para 2017

A resposta das instituições europeias à crise na e da UE, prossegue emersa em contradições, tendo como ponto comum o aprofundamento da divergência com os interesses e aspirações dos povos e dos Estados.
Fugas para a frente que se ensaiam que aprofundam as vertentes neoliberal, federalista e militarista da UE, visando aumentar ainda mais a concentração de poder económico e político no seu seio.
A vossa resposta põe em evidência duas realidades incontestáveis. A de que a UE não é reformável e a da imperiosa necessidade de romper com as vossas políticas.
Garantir a reversibilidade dos tratados e a revogação do Tratado Orçamental e do Tratado de Lisboa!
Criar um programa de apoio aos Estados-Membros que pretendam negociar a saída do euro, pondo termo à submissão e espartilho da moeda única.
Renegociar as dívidas soberanas, em boa parte ilegítimas.
Revogar a União Bancária, retomar o controlo público da banca e de instrumentos soberanos de regulação da Economia.
Recuperar para o sector público, sectores estratégicos da economia.
Defender e promover a produção nacional e os sectores produtivos.
Valorizar o trabalho e os trabalhadores.
Defender uma política de justiça fiscal que alivie a carga sobre os rendimentos dos trabalhadores e do povo, rompendo com o escandaloso favorecimento do grande capital.
Defender o regime democrático no quadro da soberania dos Estados.
Apenas algumas propostas que a luta dos povos alcançará, possibilitando a construção de uma outra Europa, de cooperação, de paz, de solidariedade entre países soberanos e iguais em direitos.

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