Investindo numa retórica social, o relatório defende e bem, o trabalho com direitos e o respeito à vida privada; o combate ao desemprego e à generalização de contratos a tempo parcial e temporários; a necessidade de proteção contra a pobreza e a exclusão social.
No entanto, discorrendo evoluções estatísticas positivas, nalguns casos meramente marginais, omite qualquer crítica às políticas de precariedade e baixos salários que em Portugal, como um pouco por toda a Europa têm aumentado.
Branqueia e omite o contributo do Semestre Europeu e das suas Recomendações Específicas por País na degradação das condições laborais e do aumento da exploração.
O cinismo e hipocrisia do texto são expostos nas duras críticas que a Comissão Europeia teceu ao aumento do salário mínimo ou a uma dita dificuldade em despedir trabalhadores com contractos sem termo em Portugal.
E torna evidente a necessária ruptura com os constrangimentos do Euro e da UE, que impedem a efectiva valorização dos trabalhadores, dos seus salários e direitos.