Intervenção de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu

Sobre políticas de rendimento mínimo enquanto instrumento de combate à pobreza

Falar de políticas de rendimento mínimo é falar das verdadeiras causas que as justificam. É falar das razões porque vivem hoje 125 milhões de pessoas na pobreza na UE, que produz 20% do PIB mundial. É falar das razões porque são crescentes as desigualdades económicas e sociais, os níveis de exploração laboral ou a precariedade.
A resposta é clara.
É na matriz capitalista da UE e nas políticas que tem promovido que estão as causas que justificam a necessidade destes instrumentos.
Instrumentos transitórios que são necessários, mas que não respondem às causas de fundo. Essas combatem-se com rupturas reais com os constrangimentos que as políticas da UE impõe aos Estados, e impedem políticas de efectiva redistribuição da riqueza, a promoção do trabalho digno com direitos, os avanços da negociação coletiva, o aumento real de salários, o combate às desigualdades ou a garantia de serviços públicos, gratuitos e de qualidade de saúde, segurança social e educação, enfim, políticas progressistas, de desenvolvimento, que deem resposta às necessidades dos trabalhadores e dos povos.

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