A defesa e proteção da biodiversidade é uma questão central da preservação da natureza e das suas funções ecológicas. É nos países em desenvolvimento que estão as zonas com maior diversidade genética e também aí se registam as maiores perdas.
A responsabilidade da UE na promoção de práticas que não servindo os interesses dos povos, contribuíram e continuam a contribuir para essa realidade, encontra muito limitado enquadramento neste relatório.
A introdução de correctos princípios éticos nas relações com países terceiros, esbarram no cinismo da mercantilização da natureza, projectando ditas melhores praticas, impondo forte condicionalidade no acesso à ajuda ao desenvolvimento, visando a garantia do domínio dos recursos dos povos para alimentar os lucros dos do capital.
Uma verdadeira ajuda ao desenvolvimento, assente numa efectiva cooperação e solidariedade, exige o estabelecimento de relações baseadas no respeito pela soberania e independência dos estados e direcionada, não para o lucro, mas para satisfazer as necessidades dos povos, com vista à redução de dependências e consolidação de capacidades, nomeadamente no plano produtivo.