Os três documentos integram o quarto pacote ferroviário, uma resposta da união europeia ao facto dos objectivos de liberalização do sector preconizados nos anteriores três pacotes, não terem cumprido os seus objectivos nucleares: mais e mais liberalização!

Transversal a todos os documentos, uma clara lógica político-ideológica, a visão neoliberal da união europeia de aprofundamento do mercado único e o seu alargamento no sector ferroviário, eliminando as pretensas barreiras técnicas e administrativas que limitam a competitividade, sobrepondo-se a qualquer estratégia nacional.

A agência ferroviária europeia é um instrumento da visão federalista desta união europeia, que substitui as autoridades nacionais nas redes ferroviárias, limitando o seu papel nomeadamente em matérias de segurança, em nome da tão propalada competitividade.

Um pacote ferroviário que promove a destruição deste sector estratégico em cada Estado-Membro, privatizações e despedimentos, e que defende o financiamento directo de grandes multinacionais, numa lógica de mercado, pondo utentes e estados-membros a facilitar o lucro fácil dos grandes sectores financeiros.