O governo aprovou hoje em Conselho de Ministros o pagamento repartido ao longo do ano, de 50 % do subsídio de férias e de Natal dos trabalhadores do sector privado, a partir do próximo mês de Janeiro.

O PCP alerta para o facto de, com esta medida, o Governo pretender amortecer o impacto profundamente negativo do aumento da carga fiscal sobre os já baixos salários e iludir que no seu cômputo geral se mantém por inteiro o roubo aos rendimentos dos trabalhadores.

Uma decisão que esconde atrás dessa manobra destinada a tentar atenuar o protesto, o objectivo que o governo procura concretizar de anular o direito ao 13º e ao 14º mês, conquistados pelos trabalhadores após o 25 de Abril.

Parte integrante da ofensiva destinada à redução brutal dos salários e de aumento da exploração, esta medida, como todas as outras que estão inscritas no Orçamento de Estado, reclamam a mobilização para exigir a sua não promulgação que terá um momento e expressão da maior importância nas manifestações convocadas pela CGTP-IN para os dias 8 e 15 de Dezembro, respectivamente no Porto e em Lisboa.