O PCP lamenta a triste ocorrência que vitimou mais dois agentes policiais e transmite sentidas condolências às suas famílias e colegas.
O PCP lembra que tem sido com persistência que as estruturas associativas e sindicais das polícias têm vindo a denunciar as degradantes condições de trabalho a que os agentes policiais estão sujeitos, bem como a falta de apoio e enquadramento no cumprimento das suas missões de segurança pública.
O PCP regista negativamente a frequência com que importantes efectivos policiais são desviados da sua missão constitucional de segurança de pessoas e bens e colocados em forças de intervenção e utilizados em acções de carácter intimidatório e repressivo sobre populações e trabalhadores, como foi o caso recente da empresa multinacional Bombardier.
É uma evidência a responsabilidade que os sucessivos governos têm tido na criação, desenvolvimento e aprofundamento da gravíssima crise que atravessa a área da Administração Interna e que o novo governo do Partido Socialista, pela leitura do seu Programa de Governo, parece não pretender alterar, ao arrepio daquelas que são as necessidades dos cidadãos, dos polícias e do país. Esta situação é tanto mais preocupante quanto os agentes policiais se continuam a queixar da falta de meios. È o caso da falta de coletes à prova de bala, equipamentos que se sabe estarem há meses armazenados nas Oficias Gerais de Fardamento, sob a tutela do Ministério da Defesa.
O PCP exige do actual governo a implementação de uma política verdadeiramente democrática na Administração Interna e que afirme os valores do 25 de Abril nas Forças de Segurança.