Não são apenas os direitos dos passageiros que estão em causa, tal como não se pode dissociar este caso das opções políticas que a UE tem imposto no sector.
Opções como a promoção sistémica de privatizações e a destruição do modelo de companhias aéreas de bandeira e de assistência em escala, as concentrações no sector, com a apologia e permissividade às abordagens “low-cost” e a crescente precarização e desregulação das relações laborais, baixando os custos com pessoal, comprometendo ainda mais um elemento de soberania nacional.
É esta a raiz do problema. Os trabalhadores atingiram o limite das condições deploráveis que a RYANAIR lhes impõe.
Deixamos aliás, uma fraterna saudação a todos quantos no sector dos transportes aéreos, lutam pela melhoria e dignidade das condições laborais.
Urge inverter as opções impostas e afirmar a necessidade de retomar o controlo público de um sector estratégico, essencial para o desenvolvimento de qualquer país.
Só assim se garantirão as melhores práticas laborais e de operação do sector.