Estamos perante mais um aprofundamento do mercado único, estendendo-o aos serviços financeiros de retalho. Tal como outras iniciativas, apresenta-se sustentado em conceitos que, estando aparentemente direccionados à melhoria das condições dos utilizadores, representam, na prática, mais um elemento de harmonização, de aprofundamento federalista, que servirá os grandes interesses financeiros, facilitando a concentração da riqueza e a centralização do poder económico.
Alguns dos aspectos e consequências mais perversas desta iniciativa:
Liquidação de empresas de menor dimensão e promoção de um oligopólio bancário pan-europeu;
Aumento dos lucros dos grandes bancos da UE, nomeadamente por via da redução com custos operacionais, onde se incluem o despedimento de trabalhadores, processos facilitados pela vertente digital e redução da implantação física das empresas;
Degradação das condições de atendimento directo ao público e precarização laboral;
Desregulamentação da economia e intensificação da livre circulação de capitais;
Ainda maior supressão de autonomia e soberania dos Estados-Membros;
Facilitação da fuga de capitais, dificultando o combate ao branqueamento de capitais;
Objectivos e consequências que merecem o nosso total repúdio e condenação.