Passado dia 27 de Julho, em Portugal. Greve geral com uma das maiores adesões de sempre em todo o país e nos diversos sectores de actividade, na indústria, nos serviços, no sector privado e no sector público. Na indústria – paralisação de muitas empresas como o Arsenal do Alfeite, os Estaleiros Navais de Viana do Castelo ou a Lisnave. Pescas - paralisação generalizada das lotas e frotas de pesca. Transportes: paralisação generalizada dos comboios e metros e dos portos marítimos nacionais e um enorme impacto na operação aeroportuária. Na administração pública foram muitos os hospitais e centros de saúde onde a greve se fez sentir fortemente. Muitos jovens com vínculos precários que, apesar da situação de chantagem em que vivem, tiveram a coragem de defender os seus direitos. E muitos outros exemplos se podiam repetir… Sobre a greve geral em Portugal que ilações retiram as instituições europeias? Nenhuma. Porque esta greve constituiu uma indesmentível exigência da rejeição das políticas de direita plasmadas no acordo com a Troika, ou seja, as políticas da União Europeia. Os trabalhadores portugueses querem a troika fora de Portugal e disseram-no bem alto e exercendo o seu direito à greve. A União Europeia é tão democrática e tão vocacionada para a cidadania que faz de conta que nada aconteceu.