Tal como quando discutimos a concepção deste Programa, valorizamos e somos pelo reforço deste mecanismo de microfinanciamento. É hoje claro que, mesmo no que se refere às possibilidades já existentes, as potencialidades deste programa não são devidamente exploradas. Tal se deve em grande parte a um problema comum nos programas da UE - a inexistência de informação e de formas de apoiar os interessados. Muitas vezes são aqueles que estão menos excluídos os que detêm a informação e acabam por beneficiar desta possibilidade de requerer microcrédito. Acompanhamos a lógica do relatório que não enfatiza a solução do microfinanciamento como solução absoluta para resolver os problemas sociais e económicos, como muitos enfatizam. Essa lógica é falaciosa e perigosa - coloca a equidade social e as políticas de desenvolvimento na mão do maior ou menor sucesso dos indivíduos, desresponsabilizando os Estados das suas funções. Microfinanciamento sim, mas sem substituir as funções sociais dos Estados.