Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

Sobre a entrega à Marinha do primeiro «Patrulhão»

Sobre a entrega à Marinha do primeiro «Patrulhão»

Foi hoje entregue à Marinha de Guerra, pelos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, quatro anos depois do prazo estabelecido, o primeiro de oito navios patrulha. Trata-se, como o PCP sempre afirmou, de um projecto prioritário e, neste momento, não podemos deixar de considerar inaceitável o desprezo e a leviandade com que todo o processo tem sido executado, em contraste com o dinamismo e urgência postos noutro tipo de aquisições.

A responsabilidade por este atraso é, em última análise, do Governo. Na verdade, trata-se de um contrato efectuado pelo Estado, envolvendo a Armada e os Estaleiros Navais de Viana do Castelo que são uma empresa pública.

O Navio Patrulha só será entregue formalmente hoje. A realidade é que para além da formação da guarnição, há aspectos ligados com as provas de mar ainda por acertar. Paralelamente, não é aceitável que ao mesmo tempo que o navio é entregue à Armada, circulem notícias de que o objectivo é a sua venda ao estrangeiro. O PCP exige da parte do Governo uma clarificação sobre esta matéria: os navios Patrulha são ou não para vender? E se sim, quais são as intenções para os restantes? Fabricá-los? Fabricá-los para a Marinha? Ou fabricá-los para venda ao estrangeiro?

O PCP reafirma o alto interesse para Portugal em possuir Navios Patrulha. O discurso do mar como potencialidade exige meios nacionais adequados ao exercício da soberania, fiscalização e ao salvamento marítimo. Ao contrário do que é repetido, não são os submarinos o meio adequado a essas missões, mas sim os navios patrulha.

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