Este relatório insiste, entre outros gravosos aspectos, na criação de listas transnacionais para o Parlamento Europeu, a que se pretende associar putativos candidatos a presidente da Comissão Europeia.
Para além de introduzirem distanciamento entre eleitos e eleitores, tais propostas acentuariam desequilíbrios e distorções já hoje existentes na distribuição de mandatos no Parlamento Europeu, representariam uma criação artificial sem correspondência com a realidade na Europa, e seriam contrárias a uma Europa de cooperação entre Estados soberanos e iguais em direitos.
O que se impõe é uma redistribuição dos mandatos no Parlamento Europeu que compense os países que mais foram prejudicados pela redistribuição de poder no Conselho e de mandatos no Parlamento Europeu no contexto dos sucessivos alargamentos da União Europeia – como acontece com Portugal.
O que se impõe não é a abdicação de mais soberania para as instituições da UE, dominadas pelas grandes potências e os interesses dos grupos económicos, mas o respeito pela soberania dos Estados e a democracia.
O que se impõe não é mais liberalismo, federalismo, militarismo da União Europeia, mas uma Europa de cooperação, de progresso social e de paz.