O que está em causa nesta eleição é, também, qual será o rumo a seguir pela UE nos próximos anos.
O actual presidente da comissão, candidato a um novo mandato, simboliza um dos rumos possíveis: a UE que representa é a dos interesses dos grandes grupos económicos. A UE do funcionamento burocrático e anti-democrático; do conservadorismo político e ideológico; da acentuação e institucionalização de profundas desigualdades e de relações de domínio social, regional e nacional; do militarismo e intervencionismo externo; da institucionalização do neoliberalismo como sistema económico único admissível.
Mas este não é, nem nunca foi, o único rumo possível.
A este rumo opõe-se o de uma Europa social, dos trabalhadores e dos povos. Uma UE que valoriza a democracia na sua vertente participativa, não a reduzindo à esfera representativa formal. Uma UE que respeita a vontade dos povos e as decisões que democraticamente expressam. Que defende os serviços públicos e os direitos dos trabalhadores, como instrumentos imprescindíveis ao desenvolvimento e coesão sociais. Uma UE de Estados livres, soberanos e iguais em direitos, que defende e promove a conservação da natureza, a paz e a cooperação entre os povos.