A União Europeia está longe de ser um exemplo na elevação dos direitos dos trabalhadores. Pelo contrário. A sua natureza de classe, a sua matriz ideológica, capitalista, tem imposto legislação, recomendações e políticas, um vasto conjunto de instrumentos de exploração, que ao longo de décadas contribuíram para aprofundar o dito dumping social.
A livre circulação, sem a garantia de direitos laborais iguais entre países, é disso exemplo.
A promoção da precariedade, por via do ataque à contratação colectiva, ou do uso abusivo do trabalho temporário, validando este expediente para a ocupação de postos permanentes e que a própria Comissão sanciona.
O assalto a salários e direitos laborais em nome das sagradas competitividade e produtividade.
A facilitação da deslocalização de empresas, também dentro do território da UE, e os benefícios infindáveis às grandes multinacionais.
Razões que exigem a ruptura com as políticas da União Europeia e que exigem o desenvolvimento de políticas de progresso económico e social, como único caminho no combate às desigualdades.