Sobre
as declarações do responsável industrial
da GM Europa de anúncio de encerramento
da GM Azambuja
Nota do Gabinete de Imprensa
1 – O anúncio pelo responsável da
GM Europa da intenção de encerramento da GM
Azambuja até ao final do ano, constitui um acto destinado
a desencorajar a luta em defesa da empresa e dos respectivos
postos de trabalho.
2 – A apresentação agora do prazo do
final do ano, e não da data de 31 de Outubro como
havia sido referido, para o encerramento da empresa é
expressão do impacto da luta dos trabalhadores e
do seu papel determinante, para encontrar uma solução
que garanta a continuação da actividade produtiva
nesta unidade.
3 – Recusando a atitude de dar por adquirido o fecho
de uma unidade que, como a própria GM reconhece,
é altamente produtiva, o PCP chama a atenção
que estão em causa: 1200 postos de trabalho directos
e milhares indirectos; graves problemas sociais para os
trabalhadores, as suas famílias e a região;
consequências económicas de grande gravidade
para o país.
4 – As questões logísticas que são
invocadas para o encerramento dependem da própria
GM e podem ser alteradas. A GM recebeu valores elevados
de incentivos para a sua instalação e continuação
em Portugal em compromissos que não podem agora ser
rasgados.
5 – O PCP sublinha que, ao contrário do que
o Governo tem propagandeado, não é qualquer
plataforma logística lançada à última
hora - como a que foi recentemente anunciada para terrenos
agrícolas na Castanheira do Ribatejo (perto das instalações
da GM) - que pode compensar a quebra de produção
e os prejuízos para os trabalhadores e para a economia
nacional que o encerramento da GM Azambuja representaria.
6 – Nestas circunstâncias, o PCP exige que o
Governo português, que tem feito silêncio sobre
o processo, deve dar a conhecer as diligências já
feitas e informar sobre o que se propõe fazer, não
sendo aceitável uma posição de resignação
sobre um problema tão grave e de aceitação
de um rompimento tão evidente com os compromissos
assumidos pela GM.