O processo que conduziu ao desfecho verificado no Conselho Europeu, relativo à nomeação de cargos de direcção das instituições da UE, expressou contradições indissociáveis da crise deste processo de integração capitalista, que não rompeu com o denominado “consenso de Bruxelas” entre o PSE e o PPE, antes o aprofundou, passando a incluir os chamados “liberais”.
O compromisso e protagonistas encontrados confirmam a insistência no aprofundamento das políticas federalistas de afronta à soberania dos Estados; das políticas neoliberais de ataque aos direitos laborais e sociais, aos serviços públicos e às funções sociais do Estado; das políticas militaristas e securitárias, com expressões autoritárias e antidemocráticas – políticas que alimentam a extrema-direita. As decisões do Conselho Europeu comprovam a falsidade e carácter manipulatório das tiradas eleitoralistas sobre “dimensão social”, “contratos sociais”, “alianças progressistas” ou “legitimação democrática” da UE.
Foi novamente o directório de potências da UE que ditou o desfecho político de um processo que continuará um caminho que já provou ser desastroso para os trabalhadores e os povos. Pela nossa parte, continuaremos a defender intransigentemente os interesses dos trabalhadores, do povo e do País, apresentando propostas que permitam aproveitar todas as oportunidades em prol do desenvolvimento do País.
Estaremos na linha da frente na rejeição de quaisquer medidas ou imposições que prejudiquem Portugal.