Relativamente às questões que foram apresentadas, tudo indica que a proposta que o Governo está a preparar de Orçamento do Estado para 2022 não responde aos problemas que afectam os trabalhadores, o povo e o nosso País.
Estamos a falar da necessidade urgente de aumentar os salários e as pensões e travar o aumento do custo de vida, nomeadamente combater os preços especulativos, que hoje afectam o povo nos combustíveis, na energia, num conjunto de bens alimentares o que exige a adopção de medidas como sendo o controlo e fixação de preços máximos por forma a combater não só esses preços especulativos mas também impedir que a guerra e as sanções, tal como a epidemia, sejam um pretexto para os grupos económicos continuarem a acumular lucros à custa do empobrecimento dos trabalhadores e do povo.
Há questões também que se prendem com a necessidade de fixar profissionais de saúde no SNS e atribuir médico e enfermeiro de família e que as consultas, as cirurgias, os tratamentos sejam realizados. Há também a necessidade de reforçar o conjunto de medidas no que diz respeito à habitação e à criação de uma rede pública de creches. Relativamente à proposta de Orçamento do Estado, o Governo mantém a centralidade na obsessão da redução do défice e na transferência dos custos para os trabalhadores e o povo com o agravamento do custo de vida.
O PCP considera que é necessário romper com este caminho. Quando em Outubro apresentámos propostas que eram essenciais, hoje elas ainda são mais urgentes, considerando a situação. O aumento geral dos salários, de todos os salários, e pensões, a recuperação do poder de compra, a definição de preços máximos, uma justa política fiscal, o direito à habitação, uma rede pública de creches, o reforço do SNS são aspectos que para o PCP são prioritários.