Face às alterações na composição do governo PS que são da responsabilidade do primeiro-ministro, o PCP sublinha, como sempre tem feito, que a questão que se coloca não é a da composição nominal do governo mas a da natureza da política que é praticada. O que se impõe é dar concretização à vontade de mudança que o povo português manifestou nas eleições legislativas, e não insistir em opções que não rompem com a política de direita, com a submissão aos interesses da UE e do capital monopolista que impedem a resposta aos problemas dos trabalhadores, do povo e do País.
Alterações na orgânica do governo, como a criação da Secretaria de Estado da Habitação, só terão significado e consequências se forem acompanhadas da assumpção efectiva pelo Estado das responsabilidades constitucionais que garantam o direito à habitação.