Intervenção de

A situação no Iraque<br />Intervenção de Ilda Figueiredo

A psicose da guerra que a Administração Americana tem desenvolvido é extremamente grave e está a merecer cada vez maior oposição da opinião pública mundial. Como salientaram deputados de muitos países presentes no Fórum Parlamentar Mundial, em Porto Alegre, é necessário exigir que os nossos governantes se oponham firmemente à guerra e recusem o conceito de "guerra preventiva" da nova doutrina estratégica da Administração Bush. É essencial que as instituições da União Europeia, os governos dos Estados-membros e dos países candidatos recusem toda e qualquer participação na guerra contra o Iraque, incluindo o uso de bases militares e outras facilidades no seu território e rejeitem qualquer participação de soldados ou de equipamento militar e financeiro, sem que isso signifique apoio ao regime iraquiano. Igualmente se impõe que se ponha fim ao bloqueio ao Iraque que tanto tem prejudicado a população, em especial as crianças. São particularmente importantes todas as acções de solidariedade ao povo iraquiano, sejam de delegações de deputados do PE ao Iraque, sejam as manifestações públicas previstas para 15 de Fevereiro, contra a guerra e na defesa da paz. É necessário recusar esta guerra injusta, de clara afirmação hegemónica dos EUA, ditada, no essencial, pelos interesses petrolíferos e dos complexos militares industriais americanos e britânicos. A oposição à guerra no Iraque é igualmente fundamental para pôr fim à ocupação israelita dos territórios palestinianos e à agressão do Governo de Sharon, e procurar pelo diálogo uma paz justa e durável. O desejo dos nossos povos é a paz. Trabalhemos todos para que ela seja possível, exprimindo de forma permanente o nosso protesto, indignação e repúdio perante a eminência duma nova guerra contra o Iraque.

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