1. O PCP considera inaceitável que, após a reunião (sintomaticamente inconclusiva) entre o Presidente da República e o Primeiro Ministro, o Ministro da Defesa Nacional torne pública a perda de confiança no CEMGFA.
Tal facto não pode deixar de ser entendido como uma inaceitável tentativa de pressionar o Presidente da República.
2. A situação a que assistimos é o resultado directo das expectativas criadas pelo Ministro da Defesa e da precária situação em que se encontra, cuja demissão já se devia ter verificado e se afigura inadiável.
De facto, o MDN não cumpriu, nem criou condições para que tal venha a acontecer, as promessas feitas aos militares. Está parada a execução da LPM; a resolução de graves problemas de carreiras; a resolução concreta dos problemas dos ex-combatentes; medidas visando a melhoria da capacidade operacional das FFAA, nomeadamente no que respeita à questão da profissionalização, etc..
3. O PCP, reiterando o conjunto de questões colocadas ao Ministro da Defesa na conferência de imprensa da passada segunda-feira, lamenta, mais uma vez, a situação de instabilidade nas Forças Armadas resultante de questões externas às mesmas e sublinha a necessidade de alterar as políticas que têm conduzido a esta situação.