Enquanto, na Venezuela, Brasil, Argentina, Uruguai, por outros lugares daquele continente e do mundo, há mudanças no sentido da História e da esperança, na Colômbia a situação, por contraste, torna-se mais violentamente reaccionária. A articulação entre instituições com capa democrática, e estruturas paramilitares e os chamados “sapos”/informantes, criou e fortalece uma rede repressiva, violenta. Usam-se todos os estratagemas. Os pretextos do terrorismo e do narcotráfico servem para atacar o movimento popular, para deslocar populações, para arrasar zonas que se suspeite serem de resistência, ou apoiarem a resistência à implantação fascizante. A questão social, assim como a localização do país, estão no cerne desta luta em que a Colômbia é protagonista. Uma legislação laboral progressista tem sofrido, nos últimos anos, ataques brutais, como vanguarda da luta social, os comunistas foram o alvo primeiro, as operações militares sucederam-se sem sucesso; as evoluções em países vizinhos fizeram com que o papel de polícia e de tampão na região tenha sido valorizado. Quando, e para quem, tanto fala de direitos humanos, o caso da Colômbia merece atenção muito particular. Com denúncia, solidariedade e combate. O contrário de ingerência, de militarização e intervenção na região como os EUA sempre ameaçam sob o código "Plano Colômbia"!