Declaração de voto de Sandra Pereira no Parlamento Europeu

Situação dos direitos humanos e da democracia na Nicarágua

A situação que se vive hoje na Nicarágua está na mesma linha do conjunto de acções de desestabilização promovidas pelo imperialismo, visando enfraquecer ou derrubar governos progressistas. Acções que vão desde o lawfare, ao suborno de políticos e funcionários do Estado, até à arregimentação de grupos organizados, que promovem um clima de violência generalizada. A estratégia utilizada na Nicarágua não é diferente da utilizada na Venezuela ou na Bolívia. Esta resolução vai no sentido das anteriores: os grupos violentos são chamados de estudantes a lutar pela democracia; os protestos armados são pacíficos e a reacção a estes são sempre acções repressivas; as tentativas de encetar diálogo não são credíveis; um governo eleito é um regime. A solução que apresenta é igualmente a mesma: ingerência na organização política e institucional de um país soberano, apoio directo à “oposição” e aplicações de sanções - cujas consequências terão impactos directos na vida das populações. Repudiamos toda e qualquer interferência externa na Nicarágua, a contínua desestabilização e a tentativa dos EUA e da UE de recuperarem o controlo imperial do país. Expressamos o nosso apoio à promoção do diálogo para a resolução política e pacífica dos problemas do povo nicaraguense e à sua luta em defesa da Revolução Sandinista.

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