Faz um mês que o jornalista inglês Dom Philips e o indigenista brasileiro Bruno Pereira foram brutalmente assassinados na Amazónia que procuravam proteger.
Duas vidas que se juntam a centenas de outras vidas que nos últimos anos têm sido ceifadas por se oporem à predação da floresta e dos seus recursos naturais.
A devastação dos biomas naturais brasileiros pelo fogo, pela poluição e pelas máquinas, o ataque a reservas indígenas e a apropriação ilegal de terras são mecanismos usados pelos que fazem da produção agrícola intensiva, da captura de espécies protegidas ou da mineração a sua forma de acumular riqueza.
São os seus interessesque a UE, para lá das proclamações hipócritas, apoia quando insiste na liberalização do comércio, ou na cumplicidade na desestabilização e forças golpistas no Brasil e na região.
Será o povo brasileiro que irá mudar as circunstâncias que permitirão preservar os ecossistemas naturais e defender as populações que deles dependem.
Daqui expressamos solidariedade com as forças democráticas e progressistas brasileiras que lutam para retomar o caminho de progresso social, de desenvolvimento soberano, de cooperação e de paz.