A vulnerabilidade da floresta tem expressão concreta na recorrência e dimensão dos incêndios florestais, na predominância de espécies exóticas, na ocorrência de pragas e no insuficiente rendimento dos produtores florestais.
Entre as causas desta vulnerabilidade estão a falta de investimento e a falta de gente, factores indissociáveis das políticas e das orientações da União Europeia.
A política agrícola comum, o subfinanciamento, privatização e desmantelamento de serviços públicos, incluindo de serviços de extensão agrária e florestal, o domínio dos monopólios sobre o sector da madeira, asfixiaram milhares de pequenos produtores, comprometeram a multifuncionalidade da floresta, promoveram o desordenanento florestal e o abandono rural, votando ao abandono extensas áreas do território.
Onde antes havia gente, hoje há fogo.
Há muito que defendemos a necessidade de mais investimento na floresta. Desde 2010, defendemos a necessidade de uma abordagem comunitária à prevenção de catástrofes, dotada de recursos financeiros adequados do orçamento comunitário, que tarda a ser posta em prática.
A defesa da floresta exige também outras políticas, agrícolas, de desenvolvimento rural, comerciais, e o fim das limitações impostas ao investimento público nacional.