Pergunta ao Governo N.º 1741/XII/1

Situação das barras de Caminha e Âncora

Situação das barras de Caminha e Âncora

Os problemas causados pelo crescente assoreamento de muitas das nossas barras portuárias
são conhecidos há bastante tempo mas não têm merecido dos responsáveis governamentais a
devida atenção. Pior: têm sido alvo de sistemáticos adiamentos ou de puro esquecimento da
parte dos últimos Governos que, por omissão e demissão, têm contribuído para o agravamento
de muitas situações que colocam em risco a segurança dos que, para trabalhar e sobreviver,
são obrigados a utilizar diariamente aquelas por vezes deficientes infraestruturas portuárias.
Estão nesta situação as barras de Caminha e de Vila Praia de Âncora. O crescente
assoreamento destas duas barras compromete seriamente a atividade piscatória das
comunidades locais, já que as areias bloqueiam a entrada e saída das embarcações de pesca,
impedindo muitas vezes que os pescadores possam trabalhar e ganhar o sustento familiar.
Para além das limitações e impedimentos ao trabalho das comunidades piscatórias locais, este
assoreamento das barras de Caminha e de Vila Praia de Âncora colocam em risco a vida dos
pescadores, dado o perigo iminente criado pelos bancos de areia, mesmo quando os barcos já
ultrapassaram, na saída, as próprias barras.
O atual Governo – bem como os anteriores – sabem muito bem que a manutenção da vida
piscatória em Caminha e em Vila Praia de Âncora, bem como a segurança dos pescadores que
nelas trabalham, depende em linha direta das barras de Caminha e Vila Praia de Âncora serem
(ou não) desassoreadas. Torna-se imprescindível que o Governo mande proceder a obras
regulares de desassoreamento destas duas barras situadas no Alto Minho, como forma de
garantir uma atividade piscatória normal que não coloque em causa a vida dos pescadores.
Perante o agravamento da situação importa assim que o Governo clarifique as suas intenções
quanto à execução dessas obras tão necessárias como urgentes. Por isso, e ao abrigo das
disposições regimentais e constitucionais aplicáveis, solicita-se ao Governo que, por intermédio
do Ministério da Economia e Emprego, responda às seguintes perguntas:
1. Que planos é que esse Ministério tem para garantir o desassoreamento das que as
comunidades piscatórias de Caminha e de Vila Praia de Âncora possam desenvolver sem risco
a respetiva faina piscatória?
2. Que de obras é que estão, ou não, previstas para cada uma destas duas barras? Quando é
que estima o Governo que elas possam ser finalmente concretizadas?
3. Tem ou não a noção esse Ministério que o crescente assoreamento das tas duas barras está
a colocar em causa a atividade piscatória local e o sustento dos pescadores e suas famílias e
está também a colocar de forma permanente em risco a vidas dos pescadores nas suas saídas
para o mar?

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