Escândalos fiscais como o Luxleaks e outros revelaram ao mundo um sistema que promove a opacidade e o anonimato e que permite o branqueamento de capitais.
Na reacção a tais escândalos, a União Europeia mostrou que continua fortemente condicionada pelos interesses das multinacionais e não só. Medidas tidas por elementares para lutar contra o branqueamento de capitais foram travadas e se alguma coisa mudou foi para que ficasse tudo na mesma.
Quanto a recentes alegações vindas a público, cabe às autoridades dos países envolvidos averiguar a existência de ilicitudes ou ilegalidades e agir em conformidade.
Aquilo que estes acontecimentos não podem justificar em nenhum caso são atitudes hipócritas e de ingerência, de quem aqui vê uma oportunidade para dar força às suas ambições de domínio neocolonial.
O combate ao branqueamento de capitais, assim como à evasão e elisão fiscais, continua limitado por um nó que a União Europeia não se mostra interessada em desatar: os paraísos fiscais, com os quais a União Europeia convive e é conivente. Continua a ser necessário desatar este nó.