A discriminação das mulheres idosas é um dos maiores problemas sociais que temos e uma das causas fundamentais da pobreza e da exclusão social. Muitas vezes essas mulheres foram vítimas dos salários baixos, do desemprego, do trabalho a tempo parcial e precário, o que se reflecte em pensões e reformas muito baixas, colocando-as em situação de grande fragilidade social e em risco de pobreza.

Ora, numa fase de agravamento do desemprego, como a actual, a situação das mulheres que se aproximam da idade da reforma deve merecer particular atenção. Desde logo, não aumentando a idade para ter acesso à reforma, garantindo que as mulheres não são discriminadas por causa da maternidade e da idade.

Depois, valorizando o trabalho das mulheres, combatendo a discriminação salarial, e revendo o processo de cálculo das reformas e pensões, para garantir que o envelhecimento se faz de forma digna, sem humilhações, sem discriminações ou qualquer para forma de violência contra as mulheres idosas.

Também exige serviços públicos de qualidade e a preços acessíveis, designadamente nas áreas da saúde, protecção social e condições dignas de alojamento. São estas propostas e algumas outras que estão no relatório, que achamos que a Comissão deve ter em conta.