Pergunta Escrita à Comissão Europeia, Inês Zuber no Parlamento Europeu

Situação na Líbia

A vaga de confrontos na Líbia acentua-se, confirmando que o país permanece mergulhado no caos após o derrube do regime e a execução de Kahdafi. Os últimos episódios violentos ocorreram em Kufra, no Sul, vitimando cerca de 30 pessoas. Em Benghazi, um grupo de 300 homens armados ocupou a chamada Praça da Liberdade para exigir a aplicação da lei islâmica e rejeitar a aprovação de qualquer outro texto fundamental. Em Tripoli, ocorreram confrontos quando a brigada Al-Awfya, da cidade de Tarhuna, ocupou o aeroporto internacional da capital líbia em busca do seu chefe, detido e levado para parte incerta no dia anterior. Os milicianos acabaram rechaçados sem resistência do aeroporto e de posições em Tripoli, pela brigada de Zintan e não pelas forças de segurança do CNT. Esta é a segunda vez em seis semanas que os milicianos de Zintan se deslocam ao aeroporto de Tripoli para o resgatar a grupos rivais no controlo do território.
A instabilidade no país é, aliás, o principal argumento do Conselho Nacional de Transição para adiar as “eleições”, inicialmente previstas para o dia 19 de Junho mas agora proteladas, e condicionadas, para 7 de Julho.
Paralelamente às incertezas sobre a “consulta popular aos líbios”, permanece a arbitrariedade judicial. Melinda Taylor, advogada de Saif Al-Islam, filho de Muammar Kahdafi, foi presa pelas autoridades por entregar ao detido documentos que pretensamente “representavam um perigo para a segurança da Líbia”.

Em face do exposto, perguntamos à Alta Representante/Vice-Presidente :
1. Que avaliação faz desta situação?
2. Que lições retira do processo de agressão e de ingerência externa levado a cabo pela NATO e pelos seus aliados (incluindo a UE) na Líbia e pelo caos deixado neste país?

  • União Europeia
  • Perguntas e Propostas
  • Parlamento Europeu