Dez meses depois da assinatura do pacto de agressão do FMI e da União Europeia, Portugal está mais dependente, menos democrático, a economia está em recessão e os portugueses estão mais pobres.
É isto que a troika veio agora considerar um "sucesso", na avaliação feita recentemente.
Gente que fica sem casa, sem emprego, sem abono de família, sem dinheiro para a educação, para a saúde, para a alimentação, para os transportes, para a luz e a água.
É isto que a troika considera um "sucesso".
A liberdade do patronato explorar e despedir quando lhe convenha.
É isto que a troika considera um "sucesso".
Mas foi tudo isto que os trabalhadores portugueses demonstraram rejeitar no passado dia 22!
A greve geral que fizeram, além duma notável afirmação de coragem, firmeza e combatividade, foi uma poderosa condenação desta troika e das receitas que, de forma mentirosa, nos dizem ser inevitáveis.
Não são. Vão demonstrá-lo, mais uma vez, a manifestação de jovens trabalhadores e a manifestação em defesa do poder local democrático, ambas no próximo dia 31.
As lutas pela rejeição deste caminho multiplicam-se, ampliam-se e convergem.