Este relatório aborda a situação das mães solteiras, sobretudo no actual contexto sócio económico, que agrava os problemas e os ataques à dignidade e às condições de vida das mães e das crianças.
As famílias monoparentais vivem em situações que implicam um maior risco de pobreza, como o próprio relatório refere: Em 2006, cerca de 32 % de famílias monoparentais na União Europeia viviam em risco de pobreza, em contraste com os 12% das famílias biparentais.
Esta situação agrava-se numa altura de aumento exponencial do desemprego, com a descida do valor dos salários, assim como com os cortes nos apoios sociais e no acesso a serviços públicos e de protecção social, o que, nalguns casos, obriga algumas mães a entregar os seus filhos a instituições por já não ser possível garantir as condições mínimas de vida, seja acesso a bens essenciais para assegurarem a alimentação dos seus filhos ou a habitação da família.
Por isso, consideramos que este relatório fica aquém das medidas necessárias, sendo urgente a criação de empregos, salários dignos, respeito pelo direito à maternidade (nomeadamente no que se refere à legislação laboral), criação e manutenção das redes de creches, jardins e escolas públicas e de gestão pública, serviços e cuidados de saúde materno-infantis gratuitos.