A manobra da Comissão Europeia de incluir num único acto delegado todos os países aos quais se propõe conceder preferências pautais limita fortemente as possibilidades de escrutínio democrático da observância ou não, por cada um dos países em causa, das condições que justificam a concessão da preferência.
Agindo com seriedade e transparência, o que se impunha era um acto delegado por cada um destes países, como defende a resolução subscrita pelo nosso Grupo.
No entanto, a Comissão, que age como defensora dos interesses de grandes grupos económicos de alguns grandes países, vem usando de todos os expedientes para justificar a inclusão do Paquistão nesta lista.
Essa inclusão, injustificável e inaceitável, terá um grave impacto económico no sector dos têxteis, vestuário e calçado, nomeadamente em Portugal.
Como se já não chegasse a destruição e miséria que nos trazem por via da troika, desferem assim mais um inadmissível ataque a um sector produtivo de reconhecida importância para o país.
Acentua-se, a cada dia, a necessidade de romper com estas políticas e orientações, radicalmente incompatíveis com qualquer perspectiva de desenvolvimento e de progresso.